NOVA ORGÂNICA, VELHA HISTÓRIA - O retrocesso de uma entidade que navega na maré do Governo em busca de rumo
Minha gente, sejam bem-vindos ao novo programa de apostas do Toca a Sirene!
A aposta de hoje, é de quem colapsa primeiro: INEM ou ANEPC?
De um lado, temos um instituto com os dias contados no que ao seu funcionamento e sistema diz respeito; do outro, uma Autoridade que mudou de nome, criou sub-regiões, subdividiu ainda mais o país e a sua estrutura interna, abriu mais uma dezena de postos de trabalho (já sei que o nome real é um utensílio de cozinha, mas não quero represálias, ok?) , tudo com um estudo aprofundado e planeado de meia dezena de anos (sim porque a "nova orgânica" demorou mais a ser implementada que anos tem de funcionamento até a esta "reversão") e que acabou por dar em... NADA.
Ah! Já vos contei que isto tudo custou uns MILHÕES largos ao contribuinte (que somos todos nós) ?? Mas também, que interessa não é?
Então a super-mega-fabulástica nova orgânica da (renomeada) ANEPC, após tantos anos para ser criada, estudada, fundamentada, financiada, implementada (e outros adjetivos acabados em "ada") agora acabou... falhada? Uma nova orgânica que prometia (cito a Exma. Secretária de Estado da A.I. da época) "efectivamente trazer uma mais-valia ao sistema, uma maior capacidade de proximidade e ter mais noção daquelas que são as reais necessidades dos territórios" afinal acabou por subdividir regiões, criando reais situações de dor de cabeça na gestão de operações de socorro, apenas com a mais-valia de ter mais patamares de estrutura que esses sim, podiam ajudar no poder de decisão ao nível regional em vez de subirem diretamente ao patamar de nível nacional?
Mas afinal que aconteceu? De onde veio a ideia desta regressão? Quem são afinal os culpados, ou pelo menos os responsáveis de (mais) um gasto enorme dos cofres do Estado para uma alteração de fundo, que afinal, afundou?
E sobretudo... que "pintam" os Bombeiros nisto tudo? Estará em risco o bom funcionamento do DECIR (ou será que volta a DECIF?) de 2025? Teremos novamente casos de desorganização operacional no terreno, por culpa de uma estrutura hierárquica que está em reestruturação e por isso, perde tempo em saber quem decide o quê?
Será que vale a pena regredir? Será a melhor altura? Com o INEM (finalmente) a "estalar o verniz", com um SNS sem resposta capacitada, com os Bombeiros em grave situação de défice de recursos (humanos, financeiros e materiais) e já na linha do limiar do esgotamento, não seria melhor "refazer" a ANEPC (ou ANPC, já não sei) após o final do DECIR para se tirar realmente quais os prós e os contras de uma estrutura tão subdividida?
Agora umas questões mais importantes: que vai acontecer aos Comandantes e 2ºComandantes que ocupam lugares que vão ser extintos? Vão ocupar os lugares dos "mais recentes substitutos" que nem tempo tiveram de aquecer a cadeira?
E os edifícios que foram remodelados/construídos para albergar os novos comandos subregionais/regionais? Que destino terão, que não seja o abandono?
Ufa, tanta pergunta! Alguém me arranja o número do apoio ao cliente da ANEPC? É que com tanta dúvida até me perco... Se calhar era melhor perguntar a quem sabe.
Deixo-vos com as perguntas, já que as respostas... Acho que mais uma vez, ninguém nos as saberá (ou quererá) dar!!
O importante é os "vermelhitos e os amarelitos" continuarem a ir lá para o meio do tojo e do eucalipto ... e por meios troquitos, que isto anda tudo muito caro e os cofres da ANEPC andam muito vazios...
Isto é "uma casa a arder" como se costuma dizer... e se arde, então...
TOCA A SIRENE!
Fonte da citação: (Jornal "Público" - 28/12/2022)
"Novo modelo da Protecção Civil não altera funcionamento dos bombeiros, diz governo"
https://www.publico.pt/2022/12/28/sociedade/noticia/novo-modelo-proteccao-civil-nao-altera-funcionamento-bombeiros-governo-2032972
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