"Novo" Protocolo PEM: Apoio OU Abismo?

 










Ora cá estamos novamente, não é?

Quem me conhece (oh, espera, não é suposto vocês conhecerem...ups) sabe que desde cedo defendi que este novo protocolo era um buraco criado pelos nossos amigos da LBP (os tais que nos representam e é suposto defenderem-nos) em conjunto com o INEM, cheio de cores e luzinhas, no qual nós Bombeiros (ou as AHBV, sejamos sinceros) caímos com a esperança (mais uma vez) de melhorar o nosso socorro ou pelo menos, renovar a frota de ABSC disponíveis com o apoio de uma entidade que colabora connosco (ou se serve de nós, fica ao vosso critério) há umas largas dezenas de anos.

E tal como noutro tópico anterior deste espaço, na teoria parecia tudo muito bom. O INEM fornecia um valor para a aquisição do chassis e transformação do veículo, ainda havia um valor tabelado para reparações ou manutenção (chamemos-lhe assim, poupem-me os detalhes) que ia subindo gradualmente até á renovação do protocolo (que se previa a 4/5 anos). E como cereja no topo do bolo, a tabela de taxas de saída mantinha-se. Em suma, uma ambulância nova, á escolha do freguês (o que permite adequar o meio à AAP), com o equipamento de última geração e manutenção e reparação financiada. Epá, isto está muito bom... Para ser real.

Na LBP, preocuparam-se mais em pintar a ABSC de vermelho na traseira, para "distinguir" as ABSC dos Bombeiros das do INEM (como se isso fizesse imensa diferença na hora de socorrer), e por outro lado, o INEM exigiu que determinado material era imprescindível para a ABSC ser aceite, ou a tipologia do chassis (que só podia ser tracção traseira ou integral). No final de contas, o valor da ABSC era em certas situações superior ao que o INEM financiava, ficando a cargo obviamente da AHBV a diferença, ou seja, ainda nem construída estava e já a ABSC causava mossa nas contas dos quartéis.

Mas não ficou por aqui. Lembram-se do valor de ajuda à manutenção do veículo? Pois. É anual... Num veículo que faz facilmente 50mil kms por ano (em alguns casos até mais, como algumas zonas do norte litoral e interior) em situações de desgaste acelerado(arranques a frio, desgastes de caixa e pneus constantes e claro, circulação constantemente em carga) facilmente se atingia os valores em reparações e manutenção que o acordo previa.
Mas então tantos gestores, diretores, tesoureiros há nas AHBV e NINGUÉM parou 5 minutos para fazer estas contas? Que tipo de "cegueira coletiva" foi esta??

Agora aí os vemos: as AHBV a reclamar todos os dias que "o INEM é que enganou os Bombeiros" quando na realidade estava tudo claro como água... mas NINGUÉM se lembrou de analisar o protocolo como deve ser. Ouviram as palavras "ambulância nova grátis" e ... VAMOS!
E o melhor da história, é que mudou entretanto a Direção da LBP... e esta, como em boa escola política, descartou-se imediatamente de culpas.

Vamos esperar pelos próximos episódios...

Entretanto, caiu chamada para acidente. Vou ao centralista a ver se ele...

TOCA A SIRENE!

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